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Capítulo 3: Capítulo I

Página 35
O cavalo que tropeçara lesionou-se no flanco esquerdo, mas o cavaleiro saiu ileso; quanto a mim, reparei o lenço o melhor que pude, mas não ia confiar mais na sua solidez para jogos de tanto perigo.

Dois ou três dias antes de ser posto em liberdade, e enquanto divertia a corte com sessões desta natureza, chegou um mensageiro avisando Sua Majestade de que alguns dos súbditos, que tinham passado a cavalo próximo do lugar onde eu fora feito prisioneiro, tinham avistado algo de negro e grande no solo, com uma forma muito estranha. O bordo era circular, tão grande como o salão real e, no centro, uma saliência da altura de um homem; contrariamente ao que tinham temido a princípio, não se tratava de nenhum ser vivo, uma vez que jazia por terra imóvel; foi observado várias vezes por todos os lados; colocando-se uns às costas dos outros, atingiram a sua parte mais alta, que era lisa e plana, e saltando sobre ele soava a oco; pensavam poder tratar-se de um bem pertencente ao Homem-Montanha e que, se fosse a vontade de Sua Majestade, responsabilizavam -se por trazê-lo apenas com a ajuda de cinco cavalos. Adivinhei logo a que se referiam e regozijei-me intimamente com tal notícia. Parece que, ao alcançar a costa depois do naufrágio, eu ia num estado de confusão tal que o chapéu de aba larga que trazia enquanto remava, e que comigo continuara quando nadei, caiu da minha cabeça quando cheguei a terra. A única conjectura que podia fazer era que o seu cordão se rompera em qualquer momento, sem que eu notasse, pelo que julgara que ele fora perdido no mar. Pedi a Sua Majestade Imperial que ordenasse que o trouxessem o mais cedo possível, ao mesmo tempo que lhe descrevia a sua forma e utilidade; no dia seguinte, os carreteiros trouxeram-mo em condições sofríveis; na aba, a uma polegada e meia do bordo, tinham aberto dois buracos por onde passaram dois ganchos aos quais, por sua vez, prenderam uma corda comprida ligada aos arreios dos cavalos.

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pág. 35 (Capítulo 3)

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 35

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249