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Capítulo 2: I

Página 13
Talvez no interior de um quadro mais geral de completo malogro.

Pensei que o seu emprego fosse fácil, mas o certo é que ele declarava, por esta ou aquela razão, que o serviço ainda o havia de matar. Tratava-se de um mistério, realmente. Talvez tudo fosse para ele excessivamente complicado. E revelava, sem deixar margem para dúvidas, odiar que houvesse hóspedes lá em casa.

Ao entrar no edifício pela primeira vez, pensei que ele ia ficar contente com isso. Lá dentro reinava um silêncio de morte. Não consegui achar ninguém nas salas de estar nem na varanda, a não ser, por fim, um homem adormecido, no extremo mais distante da varanda, recostado numa cadeira de repouso. Ao ouvir os meus passos, abriu um olho terrivelmente semelhante ao de um peixe. Não o conhecia. Saí dali e quando atravessava a sala de jantar - uma divisão bastante despida, com um punkah parado suspenso por cima da mesa ao centro da sala- descobri uma outra porta a que fui bater, tendo os seguintes dizeres em caracteres negros: «Despenseiro».

Como resposta ouvi um lamento contrariado e cheio de tristeza: «Oh, meu Deus! Que mais há-de ser agora?». E entrei imediatamente.

Tratava-se de uma divisão de estranho aspecto para uma região tropical. Dentro, o crepúsculo dominava o conjunto, acrescido da falta de ar. O tipo suspendera diante das janelas, fechadas, cortinas de enormes proporções de renda barata, cobertas de pó. Caixas de cartão empilhadas, como as costureiras e modistas costumam ter na Europa, tapavam todos os cantos da sala, e para seu uso próprio, ele lá arranjara maneira de conseguir desencantar um género de mobília que poderia perfeitamente ser o da respeitável sala de visitas do bairro mais pobre de Londres - um sofá de crina e cadeirões também da mesma crina.

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Capa do livro A Linha de Sombra
Páginas: 155
Página atual: 13

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Nota do autor 1
I 6
II 42
II 43
III 64
IV 90
V 106
VI 129