Tufão - Cap. 2: II Pág. 36 / 103

Jukes ouviu o seu capitão a censurá-lo.

- Mandei... que... me... chamassem... se... acontecesse... qualquer coisa.

O imediato tentou explicar, lutando para se fazer ouvir no meio do clamor crescente.

- Ligeira aragem... fiquei… ponte... de súbito... nordeste... podia voltar... pensei… o senhor.... certamente... havia... de... ouvir.

Tinham alcançado o abrigo de lona e podiam conversar elevando as vozes corno quando as pessoas discutem.

- Mandei os marinheiros fechar todos os ventiladores. Foi bom eu ter ficado no convés. Não pensei que estivesse a dormir e portanto... Que foi que disse, sir? Que foi?

- Nada - gritou o capitão MacWhirr. - Eu disse... está bem.

- Com todos os diabos! Desta vez apanhámo-lo - observou Jukes num uivo.

- Não alterou o rumo? - inquiriu o capitão MacWhirr esforçando a voz para se fazer ouvir.

- Não, sir. Claro que não. O vento veio mesmo direito a nós. E aí temos o mar pela proa.

Um mergulho do navio terminou num choque como se tivesse batido com o talha-mar contra um obstáculo sólido. Depois de uma pausa de imobilidade uma grande chuva de salpicos arremessados com força pelo vento fustigou-lhes a cara.

- Mantenha-o no rumo enquanto pudermos - gritou o capitão MacWhirr.

Antes de Jukes ter tido tempo de limpar a água salgada dos olhos todas as estrelas tinham desaparecido.





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