Pedro de Aguilar.” Respondeu o cativo: “O que sei é que no fim de dois anos que ele esteve em Constantinopla fugiu de lá em traje de Arnaute acompanhado dum espia grego; não sei se se pôs em liberdade mas acredito que sim, porque dali a um ano tornei a ver em Constantinopla o tal grego, mas não me foi possível perguntar-lhe o sucesso daquela viagem”.
— Pois saiba Vossa Mercê — disse o cavaleiro — que esse D. Pedro é um meu irmão, e que voltou a Espanha, estando agora morador no nosso lugar, bem, casado, rico e com três filhos.
— Graça seja dada a Deus — exclamou o cativo — por tantos benefícios que lhe fez, porque, segundo o meu parecer, não há sobre a terra contentamento igual ao que se sente quando se alcança a liberdade perdida.
— Direi mais — replicou o cavaleiro — que sei muito bem os sonetos feitos por meu irmão.
— Repita-os pois Vossa Mercê — disse o cativo — porque melhor os saberá dizer que eu.
— De boa vontade o farei já, e o da Goleta era assim: