- Vou revistar a casa - disse.
- Ai vai? - exclamou Peters quando uma voz feminina e passos pesados soaram no corredor. - Já veremos! Por aqui, senhores, se fizerem o favor. Estes homens forçaram a entrada na minha casa e não consigo ver-me livre deles. Ajudem-me a expulsá-los.
Um sargento e um agente apareceram à porta. Holmes tirou um cartão.
- Eis o meu nome e endereço. Este é o meu amigo Dr. Watson
- Oh, sir, conhecemo-lo muito bem - disse o sargento -, mas não pode estar aqui sem um mandado.
- Claro que não. Compreendo isso.
- Prenda-o! - gritou Peters.
- Saberemos deitar a mão a este cavalheiro, se é procurado - disse com solenidade o sargento -, mas terá de sair, Mr. Holmes.
- Pois é, Watson, temos de sair.
Minutos mais tarde estávamos de novo na rua. Holmes mostrava-se frio como sempre; eu ardia em raiva e humilhação. O sargento seguira-nos.
- Desculpe, Mr. Holmes, mas é a lei.
- Claro, sargento, não podia ter agido de outro modo.
- Presumo que tinha bons motivos para se encontrar lá dentro. Se eu puder ajudar em alguma coisa...
- É uma senhora que desapareceu e estamos convencidos de que se encontra naquela casa. Espero a todo o momento um mandado.
- Então vigiarei esta gente, Mr. Holmes. Se acontecer alguma coisa, aviso-o.
Eram nove horas e partimos de imediato a explorar a pista.
Primeiro dirigimo-nos ao hospital de Brixton, onde apurámos que realmente, um generoso casal estivera lá dias antes. Tinham identificado uma velha senil como antiga servidora e obtido permissão para a levarem com eles. Não causou surpresa a notícia de que a velha morrera.
O médico era o nosso objectivo seguinte. Fora chamado, encontrara a mulher a morrer de velhice, assistira, mesmo ao seu passamento e assinara a certidão nos termos da lei.