- O secretário do duque! - exclamou Holmes. - Vamos, Watson, vamos ver o que ele vai fazer.
Corremos pela colina, escondendo-nos atrás das rochas até chegarmos rapidamente a um sítio do qual víamos a porta da frente da estalagem. A bicicleta de Wilder estava encostada à parede junto da porta. Não se via ninguém a andar dentro de casa, nem vimos qualquer rosto através das janelas. Lentamente, o crepúsculo foi caindo sobre nós à medida que o sol se afundava atrás das altas torres de Holdernesse Hall. Depois, na quase escuridão, vimos as luzes traseiras de uma carruagem acenderem-se no pátio em frente aos estábulos da estalagem e, momentos depois, o ruído de cascos de cavalos quando esta saiu para a estrada e partiu a grande velocidade na direcção de Chesterfield.
- Que é que acha disto, Watson? - murmurou Holmes.
- Parece que alguém se pôs em fuga.
- Um homem sozinho numa carruagem, tanto quanto consegui ver. Bom, o que é certo é que não era o Sr. James Wilder, pois lá está ele à porta.
Um quadrado vermelho de luz irrompera na escuridão. No meio, estava recortada a figura negra do secretário, com a cabeça projectada para a frente, a espreitar para a escuridão. Era evidente que estava à espera de alguém. Finalmente, ouviram-se passos na estrada e, por instantes, ficou visível contra a luz uma segunda figura; depois, a porta fechou-se e ficou tudo novamente às escuras. Cinco minutos depois, acendeu-se um candeeiro num quarto do primeiro andar.
- Parecem decorrer estranhos negócios na Fighting Cock disse Holmes.
- O bar é do outro lado.
- Exacto. Aqueles são o que podemos chamar hóspedes privados. Agora, que diabo é que o Sr. James Wilder está a fazer naquele antro a esta hora da noite e quem é o seu companheiro que aqui se vem encontrar com ele? Vamos, Watson, temos de nos arriscar para investigarmos a situação mais de perto.