O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 8: A Aventura dos Seis Napoleões Pág. 216 / 363

Harding e vi que tinha ficado profundamente satisfeito com a volta que o assunto dera. No entanto, não fez qualquer comentário, excepto que se não nos apressássemos chegaríamos tarde ao nosso encontro com Lestrade. E, de facto, quando chegámos a Baker Street, o detective já lá estava e fomos encontrá-lo a andar de trás para diante numa impaciência febril. O seu ar de importância indicava que o dia de trabalho não fora infrutífero.

- Então? - perguntou. - Teve alguma sorte. Sr. Holmes?

- Tivemos um dia extremamente ocupado e não inteiramente desperdiçado - explicou o meu amigo. - Falámos com ambos os vendedores a retalho e também com os fabricantes. Já consegui localizar os bustos a partir da sua origem.

- Os bustos! -- exclamou Lestrade. - Bom. O senhor tem os seus métodos, Sr. Sherlock Holmes, e não me cabe a mim criticá-los, mas creio que tive um melhor dia de trabalho que o senhor. Identifiquei o morto.

- Não me diga!

- E descobri o motivo do crime.

- Esplêndido!

- Temos um inspector especializado na zona de Saffron Hill e no Bairro Italiano. Bom, o morto tinha um símbolo católico ao pescoço e isso, juntamente com a cor da sua pele, fez-me crer que era do Sul. O inspector Hill reconheceu-o assim que o viu. O seu nome é Pietro Venucci, de Nápoles, e é um dos maiores degoladores de Londres. Está ligado à Mafia que, como sabe, é uma sociedade secreta política que impõe as suas leis pelo assassínio. Bom, já vê que o caso se está a esclarecer. O outro tipo é também provavelmente um italiano e membro da Mafia. Terá, de alguma forma, violado as leis da Mafia. Pietro foi mandado para o eliminar. Provavelmente, a fotografia encontrada na algibeira é do próprio hommem, para que não mate a pessoa errada.





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