O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 8: A Aventura dos Seis Napoleões Pág. 218 / 363

Holmes passou o resto da tarde a procurar no seu arquivo de Jornais diários antigos que enchia um dos compartimentos do sótão. Quando finalmente desceu, o seu olhar era de triunfo mas não disse nada, nem a um nem a outro, sobre o resultado das suas pesquisas. Pela minha parte, seguira passo a passo os métodos pelos quais fora à origem dos vários aspectos deste complexo caso e, embora não percebesse ainda qual o objectivo que seria atingido, compreendia claramente que Holmes esperava que aquele grotesco criminoso fizesse novo alentado aos dois bustos ainda existentes, um dos quais, lembrava-me, estava em Chiswick. Sem dúvida que o objectivo da nossa expedição era apanhá-lo em flagrante e não podia deixar de admirar a astúcia do meu amigo ao introduzir uma pista falsa no jornal da tarde de forma a dar a ideia ao tipo de que poderia prosseguir o seu plano com impunidade. Não fiquei surpreendido quando Holmes sugeriu que eu levasse comigo o meu revólver. Ele próprio pegara na espingarda de caça, carregada, que era a sua arma preferida.

Às onze da noite, chegou urna carruagem à nossa porta e nela nos dirigimos para um local do outro lado da Ponte de Hammersmith. Aqui, foi dito ao cocheiro que esperasse. Uma curta caminhada levou-nos a uma estrada solitária ladeada de casas agradáveis, cada uma com o seu jardim. À luz de um candeeiro da rua, lemos «Laburnum Villa» no portão de uma delas. Os seus moradores já se tinham deitado, pois estava tudo escuro à excepção de uma luz por cima da porta de entrada que lançava um círculo de luz difusa sobre o caminho do jardim. A cerca de madeira, que separava o jardim da rua, lançava uma sombra escura para o lado de dentro, e foi aí que nos escondemos.





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