O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 1: A Aventura da Casa Vazia Pág. 23 / 363

Com a sua habitual conjugação de argúcia e audácia conseguiu apanhá-lo.

- Apanhá-lo! Apanhar quem, Sr. Holmes?

- O homem que todo o corpo da Polícia em vão tem procurado prender... o coronel Sebastian Moran que matou Sua Excelência? Ronald Adair com uma bala expansível, disparada por uma espingarda através da janela aberta da frente do segundo andar do nº. 427 de Park Lane, no trinta do mês passado . Essa é que é a acusação. E agora, Watson, se conseguir aguentar a corrente de ar devido à janela partida, creio que meia hora no meu escritório lhe proporcionará um certo prazer.

Os nossos aposentos tinham sido mantidos intactos por ordens de Mycroft Holmes e pelos cuidados de Mrs. Hudson. Ao entrar, é certo, notei uma invulgar desarrumação, mas todos os antigos pontos de referência estavam no seu sítio. Lá-estava o canto das experiências químicas, com o seu tampo de pinho manchado de ácido. Numa prateleira estava uma fila de formidáveis livros de recortes e livros de referência que tantos dos nossos concidadãos gostariam de queimar. Os diagramas, o estojo do violino e o suporte de cachimbos - até o chinelo persa que continha o tabaco - me saltaram à vista quando olhei em volta. Havia duas pessoas na sala – uma, a Mrs. Hudson, que nos sorriu a ambos ao entrarmos; a outra, o estranho boneco que tinha desempenhado um papel tão importante nas aventuras daquela noite. Erá um modelo de cera do meu amigo, tão admiravelmente feito que era um perfeito fac-simile. Estava em Cima de uma pequena mesa de pé, envolto num velho robe de Holmes, tão habilmente colocado que a ilusão, vista da rua, era absolutamente perfeita.

- Espero que tenha respeitado todas as precauções, Mrs. Hudson - disse Holmes.





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