Sim, cá estão!
Arrancou uma tira do mata-borrão e voltou-se para nós mostrando-nos o seguinte hieróglifo:
Cyril Overlon estava excitadíssimo.
- Leia-o com um espelho! - exclamou.
- Não é necessário - disse Holmes. - O papel é fino e o outro lado revelar-nos-á a mensagem. Aqui está. - Voltou o papel e lemos:
- Esta é a frase final do telegrama que Godfrey Staunton enviou algumas horas antes de desaparecer. Há pelo menos seis palavras da mensagem que nos escapam, mas o final, «Por amor de Deus não nos abandone», prova que o jovem se viu perante um gravíssimo perigo, do qual outra pessoa o poderia proteger. Nos, note bem! Está envolvida uma outra pessoa. Quem poderia ser senão o homem de barba e de rosto pálido, que parecia ele próprio estar num estado de grande agitação? Então, qual é a relação entre Godfrey Staunton e o homem de barba? E qual é a terceira pessoa junto de quem ambos tentaram obter ajuda contra um perigo eminente? As nossas investigações devem recair sobre este ponto.
- Só temos de descobrir a quem é que o telegrama foi dirigido - sugeri.
- Exacto, meu caro Watson. A sua dedução, embora profunda, já me ocorrera. Mas calculo que também já pensou que se entrarmos numa estação de correios e pedirmos para saber qual o destinatário de uma mensagem de outra pessoa, depararemos com a resistência dos funcionários quanto a revelar-nos tal informação.
