- As últimas palavras eram «por amor de Deus» - disse, num tom confidencial. - Estou ansioso por obter uma resposta.
A jovem retirou uma das cópias do molho.
- Cá está. Não tem qualquer nome no fim - disse, endireitando o papel sobre o balcão. - Isso explica eu não ter obtido resposta - disse Holmes. Ora esta, que estupidez da, minha parte! Bom dia, minha senhora, e muito obrigado por me ter tranquilizado. - Holmes riu baixinho e esfregou as mãos assim que nos vimos novamente na rua.
- Então?
- Estamos a fazer progressos, meu caro Watson, estamos a fazer progressos. Tinha sete subterfúgios diferentes para conseguir ver a cópia do telegrama, mas não imaginava que tivesse êxito à primeira.
- E que é que ganhou com isso.
- Um ponto de partida para as nossas investigações. - Mandou parar uma carruagem. - Estação de King’s Cross - disse.
- Então vamos fazer uma viagem, hem?
- Sim, creio que teremos de ir a Cambridge. Todas as indicações parecem apontar nessa direcção.
-Diga-me - perguntei enquanto descíamos Gray’s Inn Road - tem alguma suspeita quanto à causa do desaparecimento? Creio que de todos os nossos casos, este é aquele cujos motivos são mais obscuros. Certamente não imagina que ele foi raptado para dar informações sobre o seu abastado tio!?
- Confesso-lhe, meu caro Watson, que essa explicação é a que me parece menos provável. No entanto, achei que era a que mais interessaria aquele desagradável velhote.
- Não há dúvida de que interessou, mas quais são as suas alternativas?
- Podia mencionar várias. Tem de admitir que é curioso e sugestivo que este incidente tenha ocorrido na véspera de um jogo importante e que envolva o único jogador cuja presença parece ser essencial ao êxito da sua equipa.