- Essas teorias não levam em conta o telegrama.
- É verdade, Watson. O telegrama continua a ser a única coisa concreta de que dispomos e não podemos permitir que a nossa atenção se desvie desse facto. É para lançar luz sobre o telegrama que vamos agora a caminho de Cambridge. A via das nossas investigações é, no momento presente, obscura, mas ficarei muito surpreendido se até ao fim da tarde não esclarecermos a questão ou, pelo menos, tivermos feito progressos consideráveis nesse sentido.
Já anoitecera quando chegámos à velha cidade universitária. Holmes arranjou uma carruagem na estação e deu ordens ao cocheiro para se dirigir a casa do Dr. Leslie Armstrong. Alguns minutos depois, parámos em frente a uma grande mansão numa das ruas de maior movimento. Fomos recebidos e, depois de uma longa espera, mandaram-nos finalmente entrar para o consultório, onde encontrámos o médico sentado à sua secretária.
Prova bem até que ponto eu estava desactualizado com a minha profissão o facto de o nome do Dr. Leslie Armstrong me ser desconhecido. Agora sei que é um dos directores da escola médica da universidade, além de ser um filósofo de reputação europeia em mais de um dos ramos da ciência.