Holmes, mas, na noite passada, por ter assuntos profissionais a tratar com o Sr. Jonas Oldacre, à noite, fiquei num hotel em Norwood e vim daí para o meu escritório. Não sabia nada acerca deste caso até apanhar o comboio, onde li aquilo que o senhor acabou de ouvir. Apercebi-me imediatamente do terrível perigo da minha situação e apressei-me a colocar o caso nas suas mãos. Não tenho dúvida de que já teria sido preso se tivesse ido ao meu escritório ou a casa. Também não tenho dúvidas de que fui seguido desde a estação de London Bridge, além de não ter dúvidas de que… Santo Deus! Que é aquilo?
Era a campainha da porta, seguida de imediato por passos pesados na escada. Instantes depois, o nosso velho amigo Lestrade apareceu à porta da sala. Por cima do seu ombro, vi, de relance, um ou dois polícias fardados atrás dele.
- Sr. John Hector McFarlane? - perguntou Lestrade.
O nosso desafortunado cliente levantou-se com uma terrível expressão no rosto.
- Prendo-o pelo homicídio voluntário do Sr. Jonas Oldacre, de Lower Norwood.
McFarlane voltou-se para nós fazendo um gesto desesperado e voltou a afundar-se na cadeira como um homem destruído:
- Um momento, Lestrade - disse Holmes. - Mais meia hora decerto não lhe fará diferença e este senhor estava a fazer-nos um relato deste interessante caso, relato esse que nos pode ajudar a resolvê-lo.
- Creio que não haverá dificuldade nenhuma em resolvê-lo - disse Lestrade num tom sombrio.
- Mesmo assim, com a sua autorização, gostaria muito de ouvir o seu relato.
- Bom, Sr. Holmes, é-me difícil recusar-lhe seja o que for, pois já ajudou a polícia uma ou duas vezes no passado e a Scotland Yard deve-lhe esse favor - disse Lestrade.
