- Mas nós formámos a nossa ontem e agora temos provas de que está correcta. Portanto, tem de reconhecer que, desta vez, nos adiantámos um pouco a si, Sr. Holmes.
-O seu ar mostra sem dúvida que aconteceu qualquer coisa invulgar - disse Holmes.
Lestrade riu alto.
- O senhor gosta tanto de perder como qualquer um de nós disse ele. - Uma pessoa não pode esperar sempre levar a sua avante, pois não, Dr. Watson? Venham por aqui, por favor, meus senhores, e creio que vos conseguirei convencer de uma vez por todas que foi John McFarlane que cometeu este crime.
Conduziu-nos pelo corredor até um hall escuro ao fundo.
- Foi aqui que o jovem McFarlane deve ter vindo buscar o chapéu depois de cometer o crime - disse. - Agora, olhe para isto. - Com um súbito e dramático gesto, acendeu um fósforo e a sua chama iluminou uma mancha de sangue na parede caiada de branco. Quando ele aproximou a chama, vi que era mais que uma mancha, era a marca clara de um polegar.
- Olhe para isso com a sua lupa, Sr. Holmes.
- É o que estou a fazer.
- Sabe certamente que não há duas impressões digitais iguais.
- Já ouvi qualquer coisa sobre isso.
- Bom, então, por favor, compare essa marca com o molde em cera do polegar direito do jovem McFarlane que foi tirado por ordem minha esta manhã
Ao aproximar o molde de cera da mancha de sangue, não era preciso uma lupa para ver que ambas tinham sido feitas pelo mesmo polegar. Para mim era evidente que o nosso cliente estava perdido.
- Isto é decisivo - disso Lestrade.
- Sim, é decisivo. - repeti eu involuntariamente.
- É decisivo - disse Holmes.
Algo no seu tom de voz chamou a minha atenção e voltei-me para olhar para ele.