O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 3: A Aventura dos Dançarinos Pág. 71 / 363

Ah! O telegrama que esperávamos. Um momento, Srª Hudson, talvez tenha resposta. Não, é exactamente o que eu esperava. Esta mensagem torna ainda mais crucial a necessidade de não perdermos tempo em informar Hilton Cubitt sobre o caso, pois o nosso simples proprietário de Norfolk está enredado numa teia extremamente curiosa e perigosa.

E, de facto, assim se provou ser e, ao chegar à terrível conclusão de uma história que eu pensara ser apenas infantil e bizarra, sinto de novo o desalento e horror que na altura me invadiram.

Bem gostaria de proporcionar aos meus leitores um final mais agradável, mas escrevo crónicas sobre factos e tenho de seguir até ao seu tenebroso fim o estranho encadeamento de acontecimentos que, durante alguns dias, fez que Riding Thorpe Manor andasse na boca de toda a gente por Inglaterra inteira.

Mal tínhamos acabado de descer do comboio em North Walsham e mencionado o nome do nosso destino quando o chefe da estação se dirigiu apressadamente a nós.

- Calculo que sejam os detectives de Londres – disse.

Holmes teve uma expressão de aborrecimento.

- Que é que o leva a crer tal coisa?

- O facto de o inspector Martin ter acabado de passar por aqui.

Mas talvez sejam os médicos. Ela não estava morta... pelo menos segundo as últimas informações. Talvez cheguem a tempo de a salvar... embora o seu destino seja a forca.

Holmes tinha a testa franzida, cheio de ansiedade

- Dirigimo-nos, de facto, para Riding Thorpe Manor - disse ele -, mas não sabemos nada do que lá se passou.

- Foi uma coisa terrível - disse o chefe da estação. - Foram ambos atingidos a tiro, o Sr. Hilton Cubitt e a mulher. Ela disparou contra ele e, depois, contra si própria.





Os capítulos deste livro