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Capítulo 3: Capítulo 3

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ser utilizado em casos semelhantes, e outra parte em terras de grande rendimento, que lhes será pago, daí em diante, anualmente. Possuem assim tais rendimentos em muitos países que, recebidos pouco a pouco, sobem a seiscentos mil ducados por ano. Enviam alguns dos seus cidadãos para os países conquistados como governadores, que lá vivem com sumptuosidade e grandes honrarias. E, contudo, apesar disto, poupam imenso dinheiro, que entra no tesouro comum, a menos que o emprestem a algum país. O que muitas vezes fazem até ter necessidade de dispor de tal soma. Raramente a exigem por inteiro. Dessas terras distribuem parte aos que a seu pedido incorreram nos perigos que atrás referi. Se algum príncipe lhes mover guerra, intentando invadir o seu país, defrontam-no imediatamente, fora das fronteiras, com um grande exército. Pois evitam fazer a guerra no seu próprio território. Nunca, porém, a mais extrema necessidade os pode obrigar a fazer entrar na ilha socorro de tropas estrangeiras.

Das religiões da Utopia

Existem diversas religiões, não só nas várias partes da ilha, como em cada cidade. Alguns adoram o Sol, outros a Lua, outros ainda algum outro planeta. Há também quem venere como deus um homem, que vivera muito tempo atrás; de fama e virtude extraordinárias, venerando-o mesmo como o maior dos deuses. Contudo, os mais sábios de entre os Utopianos rejeitam todas estas crenças e acreditam num certo poder divino, desconhecido, eterno, inexplicado, acima de toda a compreensão humana, enchendo o mundo, não com a extensão corpórea, mas com a sua virtude e omnipotência. Chamam-lhe Deus-Pai.

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Capa do livro A Utopia
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51