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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 28
a pensar que o castigo aplicado aos ladrões é injusto. Ainda mais. Penso que não existe pessoa alguma que não saiba como é pernicioso para a segurança pública aplicar o mesmo castigo ao ladrão e ao assassino. Pois o ladrão, vendo que tanto será castigado matando como roubando, matará mais facilmente aquele que noutras circunstâncias se teria limitado a roubar. Pois, cometido o crime, é menor o seu receio e maior a sua esperança de o crime vir a ser ignorado, vendo que o queixoso e denunciante está morto e fora do seu caminho. Caso seja preso, não tem a temer castigo maior que o que teria como simples ladrão. Assim, com o objectivo de aterrorizar o ladrão com justiça tão cruel, convertemo-lo em assassino de homens honestos.

«Quanto ao problema do melhor e mais justo castigo, a minha opinião é que é muito mais fácil encontrar o melhor do que o pior. Por que razão não reconhecer a utilidade do castigo aplicado pelos Romanos, povo tão hábil e experimentado no governo e administração do bem público. Os criminosos acusados de roubo e de grandes crimes eram enviados para as pedreiras e minas, e condenados a trabalhos forçados por toda a vida.

«Quanto a este ponto, porém, nada encontrei de melhor que o que vi no país dos Poliléritos, povo que encontrei na Pérsia. O seu país é vasto, populoso-e governado com inteligência. Sem falar no tributo anual que pagam ao rei da Pérsia, vivem livremente, governando-se por leis próprias. Como habitam longe do mar, cercados por altas montanhas, contentam-se com as colheitas do seu próprio solo, bastante fértil e produtivo. Assim, raramente se deslocam a outras regiões ou recebem visitas de estrangeiros, Fiéis às velhas leis dos seus antepassados, não procuram alargar as fronteiras dos seus domínios, que as montanhas

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