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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 29
protegem da invasão. O tributo que pagam ao rei liberta-os também do perigo de conflitos; Deste modo, a sua vida é feliz e fácil embora sem excessivo luxo ou glória. O seu nome é desconhecido, excepto dos povos seus vizinhos. Quando, neste país, alguém é acusado de crime de roubo, é condenado a restituir ao dono o que roubou, e não ao príncipe, como acontece noutros países, pois pensam que o príncipe, tal como o ladrão, não tem direito algum ao objecto roubado. No caso, porém, de o objecto roubado se ter perdido ou estragado, deve ser pago pelo seu justo valor recorrendo-se aos bens do culpado e o que deles restar é deixado à mulher e aos filhos do ladrão. Este é então condenado a trabalhos forçados e, a menos que o crime seja grave, não é metido na prisão nem posto a ferros. Deixam-lhe o corpo livre e sem entraves para o trabalho. Para os que se recusam a trabalhar, ou para aqueles a quem a preguiça amolece, empregam como incitamento a vergasta, de preferência às cadeias. Se cumprirem bem o seu dever, não sofrerão maus-tratos. À noite, são chamados, nome a nome, e fechados em barracas, onde dormem. Além do trabalho diário, nada mais lhes é imposto de duro ou incómodo. O tratamento e alimentação são bons, e estão a cargo do Estado, já que para ele trabalham. Mas nem sempre os proventos para a sua manutenção são iguais para as várias regiões do país. Em certos lugares destina-se aos condenados o produto das esmolas e, embora este recurso seja precário, o povo é tão bondoso e humanitário que este se torna o processo mais rendoso e proveitoso. Noutros locais destina-se para esse efeito o rendimento de certos terrenos. Noutros pontos existe um imposto individual para este propósito.

«Há ainda regiões em que estes 'escravos', como são chama- dos, não fazem trabalhos forçados. Todos os particulares que precisam de operários dirigem-se à praça do mercado e aí alugam

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
Página atual: 29

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51