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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 32
louvado pelo advogado meu adversário, respondeu-me este que isso nunca se poderia dar em Inglaterra sem ocasionar a ruína e a desgraça do país. Abanou em seguida a cabeça, fez um trejeito com a boca e calou-se. E todos os presentes concordaram unanimemente com esta opinião.

- Bem - disse o cardeal -, seria difícil saber, sem a pôr em prática primeiro, se esta legislação seria aqui útil ou prejudicial. Parece-me, porém, que, depois de proferida a sentença de morte, o rei deveria ordenar um adiamento da execução e tentar este novo sistema, abolindo também os privilégios dos lugares de asilo. Se o ensaio desse provas das vantagens e utilidade deste processo, seria de recomendar o seu estabelecimento. Caso contrário, os criminosos seriam enviados finalmente para a forca, a que anteriormente tinham sido condenados. Nenhum perigo adviria entretanto desta tentativa, e parece-me que se poderiam adoptar medidas semelhantes para reprimir a vagabundagem, flagelo contra o qual tantas leis se fizeram e tão pouco se conseguiu.

Quando o cardeal acabou de falar, todos louvaram com exagero as minhas ideias, que até aí apenas lhes tinham merecido desdém. Os louvores recaíam sobretudo sobre o que fora dito acerca de vagabundagem, pois fora ideia trazida à conversa pelo próprio cardeal.

Não sei se seria melhor repetir a continuação da conversa, em que foram ditas coisas tão ridículas. Mas repeti-las-ei, pois nada têm de mal e se relacionam com o assumo que antes tratáramos. Encontrava-se também na nossa companhia um desses parasitas

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