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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 96
o que se passa no exterior e de aperfeiçoarem a arte e o conhecimento da navegação.

Dos escravos, doentes, casamento e diversos outros assuntos

Nunca fazem escravos os prisioneiros apanhados nos campos de batalha, excepto se tiverem sido aprisionados com as armas na mão, nem também são escravos os filhos dos escravos, nem mesmo os escravos de origem estrangeira que fujam para a Utopia.

Punem de preferência com a escravatura os cidadãos que são acusados de grandes crimes ou os condenados à morte de origem estrangeira. Esta última espécie de escravos é muito numerosa entre eles, pois os Utopianos vão buscá-los em quantidade ao exterior, comprando-os a baixo preço ou obtendo-os de graça, o que normalmente acontece. Esta espécie de escravos é sujeita a um trabalho contínuo e mesmo agrilhoados. No entanto, tratam ainda mais duramente os seus próprios compatriotas, que consideram dignos de um castigo maior, por terem sido educados para a virtude numa república excelente e, apesar de tudo isso, preferiram o crime.

Possuem outra espécie de escravos. Quando um trabalhador, miserável noutro país, vem oferecer os seus serviços voluntariamente, como escravo, tratam-no em tudo honestamente, como aos seus cidadãos, excepto em fazê-lo trabalhar um pouco mais, pois a isso está habituado. Se algum deles decidir partir, o que raramente acontece, pode fazê-lo livremente nunca o despedem de mãos vazias.

Quanto aos doentes, já referi os cuidados afectuosos que por eles têm, nada poupando que possa auxiliar a sua cura, que quanto a remédios, quer quanto a alimentos.

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