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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 97
Os que sofrem de males incuráveis, consolam-nos visitando-os assiduamente, falando-lhes, em suma, proporcionando-lhes todo o auxílio possível. No caso de a doença não só ser incurável, mas originar também dores incessantes e atrozes, os sacerdotes e magistrados exortam o doente, fazendo-lhe ver que se encontra incapacitado para a vida, que sobrevive apenas à própria morte, tornando-se um empecilho e um encargo para os outros e fonte de sofrimento para si próprio e que deve decidir não mais alimentar o mal doloroso que o devora. E já que a sua vida é agora um tormento, que não se importe com a morte, antes a considere um alívio, e consinta em libertar-se dela como de uma prisão ou de uma tortura, ou que então permita que os outros o libertem dela. Dizem-lhe também 'que ao fazê-lo procederá com sabedoria, pois nada perderá com a morte, antes porá termo a um suplício cruel. E porque ao fazê-lo obedece ao conselho dos sacerdotes, que são os intérpretes da vontade divina, mostram-lhe que o seu procedimento será o de um homem religioso e virtuoso. E se, finalmente, o doente se persuade a executar os seus conselhos, pode pôr termo à vida voluntariamente, quer pela fome, quer no meio do sono, sem nada sentir. No entanto, a ninguém obrigam a morrer contra sua vontade e nem por isso o tratam com menos cuidados e carinhos, aceitando a sua morte como um fim honroso.

Porém, aos que põem termo à vida sem o consentimento dos sacerdotes e do Senado consideram-nos indignos de sepultura ou de serem incinerados e lançam-nos insepultos num pântano.

As mulheres não podem casar antes dos 18 anos e os rapazes antes dos 22. O matrimónio só é dissolvido pela morte, excepto em caso de adultério ou por um comportamento intolerável de um deles. Quando um dos cônjuges se considera ofendido por

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
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Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51