Coração, Cabeça e Estômago - Cap. 7: TERCEIRA PARTE – ESTÔMAGO
CAPÍTULO I - DE COMO ME CASEI Pág. 156 / 156

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Ai!, pobre coração!, quão tolo eras!

Dobrei-me da razão às leis austeras;

Quis moldar-me ao viver que o mundo ama

O escárnio, a detração me suja a fama,

E a lei me pune as intenções severas.

Cabeça e coração senti sem vida,

No estômago busquei uma alma nova

E encontrá-lo pensei... Criança perdida!

Mulher aos pés o coração me sova;

Foge ao mundo a razão espavorida;

E por muito comer eu desço à cova!

Bem se vê que o soneto era o da morte. Um grande merecimento tem ele: é ser o último.

FIM





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