não aguentou mais e recorreu aos ataques de flanco - aparecia, com intervalos, abruptamente ao seu lado, como um diamante zangado, sibilando-lhe ao ouvido: «Tu prometeste!»
Esta relutância em ir para casa não se limitava aos ébrios. De momento, o hall estava ocupado por dois homens deploravelmente sóbrios e pelas respectivas mulheres, altamente indignadas, que se queixavam uma à outra, num tom de voz ligeiramente elevado.
- De cada vez que ele vê que estou a divertir-me, quer logo ir para casa.
- Nunca, na vida, vi coisa mais egoísta!
- Somos sempre os primeiros a ir para casa.
- Também nós.
- Ainda bem que esta noite somos praticamente os últimos!- disse um dos homens, timidamente. - A orquestra já se foi embora há meia hora.
Apesar de as mulheres concordarem em que uma tal malevolência ultrapassava os limites da credibilidade, a disputa terminou numa luta breve e ambas as esposas foram levadas pelo ar, a pontapear, noite dentro.
Enquanto esperava, no hall, que me trouxessem o chapéu, a porta da biblioteca abriu-se e Jordan Baker e Gatsby saíram na companhia um do outro. Ele dirigia-lhe uma última palavra, mas a veemência dos seus modos reduziu-se abruptamente à formalidade, quando várias pessoas se aproximaram dele para se despedirem.
O grupo de Jordan chamava-a impacientemente do pórtico, mas ela demorou-se um instante a apertar mãos.
- Acabo de ouvir a coisa mais espantosa! - murmurou.
- Quanto tempo estivemos lá dentro?
- Para aí uma hora.
- Foi... simplesmente espantoso! - repetiu meio abstracta. - Mas jurei que não dizia nada e aqui estou eu a tantalizá-lo. - Bocejou-me graciosamente na cara. - Venha ver-me um dia destes... lista dos telefones... No nome da senhora Sigourney Howard.