O Livro da Selva - Cap. 7: SERVIDORES DE SUA MAJESTADE Pág. 157 / 158


MULAS DAS PEÇAS DE MONTANHA

Enquanto eu e companheiros o alto da colina escalamos,
Perdia-se a vereda dos caias rodados; avançamos,
Pois sabemos enroscar-nos, trepar e estar sempre à frente.
Meus rapazes!
Que prazer, no monte, ter uma ou duas pernas de suplente!
Sim, bem haja o sargento que o caminho nos deixa trilhar
E mal haja um condutor que um fardo não sabe aparelhar.
Pois sabemos enroscar-nos, trepar e estar sempre de frente.
Meus rapazes!


Que prazer, no monte, ter uma ou duas pernas de suplente!

CAMELOS DA MANUTENÇÃO

Não temos mote de camelagem propriamente
Que alicie os camelos a trote intermitente.
Mas o pescoço é um trombone cabeludo!
(Ri-ta-ta-ta! É um trombone cabeludo!)


Eis o grito marcial que sabemos:

Não podemos! Não fazemos! Não queremos!
Passe-se o grito a toda a linha,


Caiu do lombo a alguém a carga;


Quem me dera que fosse a minha!


A carga de alguém tombou na via;


Bem-vindo seja o «alto», para amamos chinfrim;


Urr! Yarrh! Grr! Arrh! Alguém está a apanhar sua maquia.

TODOS OS ANIMAIS EM CONJUNTO

Filhos do acampamento todos nós,
Cada um a servir empresta a voz.
Do jugo descendentes e dos freios
Do fardo, do aguilhão, coxim e arreios.
Nossa linha, vede, cruzando o vale
Como fio de trela sem igual
Serpeando, retorcendo, a quem seja
Arrastando vem tudo prà peleja.
Ao lado há homens que também caminham,
Sujos, calados, de olhos que adivinham
Razões por que trilhamos a mesma via
E sofremos nós e eles dia-a-dia.

Filhos do Acampamento todos nós,
Cada um a servir empresta a voz;
Do jugo descendentes e dos freios


Do fardo e do aguilhão, coxim e arreios.





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