A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 7: O DESAPARECIMENTO DE LADY FRANCES CARFAX Pág. 143 / 210

Somente Jules Vibast, o amante da criada, possuía uma sugestão para oferecer. Relacionou o súbito desaparecimento com a visita, no hotel, um ou dois dias antes, de um homem alto, moreno e de barbas. «Un sauvage... un véritable sauvage!», exclamou Jules Vibart. O homem morava algures na cidade. Fora visto a conversar acaloradamente com Madame junto ao lago. Depois reaparecera; ela recusara vê-lo. Era inglês, mas não havia registo do seu nome. Madame deixara o hotel imediatamente a seguir. Jules Vibart e, mais importante ainda, a paixão de Jules Vibart pensavam que a visita e a partida eram causa e efeito. Só havia uma coisa de que Jules não falava: a razão pela qual Marie abandonara a ama. Sobre isso nada sabia - ou não queria pronunciar-se. Se eu pretendia apurá-la, devia ir a Montpellier falar com ela.

Assim terminou o primeiro capítulo da minha investigação. O segundo foi dedicado ao local para onde Lady Frances Carfax partira após ter deixado Lausana. A viagem realizara-se envolta em algum segredo, o que confirmava a ideia de que ela pretendia despistar alguém. Por que outra razão não teria a sua bagagem sido etiquetada para Baden? Chegou com as malas à estância renana por uma estrada secundária, conforme soube pelo gerente local da Cook. Fui, portanto, a Baden, após ter expedido para Holmes um relato das minhas diligências e recebido um telegrama de elogio mais ou menos bem humorado.

Em Baden, a pista não foi difícil de seguir. Lady Frances instalara-se no Englischer Hof durante uma quinzena. Conhecera, entretanto, o Dr. Shelessinger, missionário da América Latina, e a esposa. Como a maioria das senhoras solitárias, Lady Frances encontrava conforto e ocupação na religião.





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