Ao sair para o passeio em direcção ao meu destino, dois jovens emergiram da porta do estabelecimento com um cilindro de ferro, que, com alguma dificuldade, içaram para um automóvel. Um homem idoso vinha atrás deles a ralhar e a dar ordens numa voz áspera e sardónica. Voltou-se para mim. Aquelas feições austeras e aquela barbicha de bode eram inconfundíveis. Era o meu velho e intratável companheiro, o professor Summerlee.
- O quê! - exclamou ele. - Não me diga que recebeu um daqueles disparatados telegramas a pedir oxigénio?
Eu exibi-o.
- Bem, bem! Eu também recebi um, e, como vê, muito contra vontade, acedi ao pedido. O nosso velho amigo está tão impossível como sempre. A necessidade de oxigénio não pode ser tão urgente que o tenha levado a esquecer os meios usuais de abastecimento e a abusar do tempo de pessoas que estão mais ocupadas do que ele próprio. Por que não o encomendou ele directamente?
Só consegui sugerir que, provavelmente, precisava dele mediatamente.
- Ou pensou que precisava, o que é uma coisa bastante diferente. Mas agora é supérfluo comprar também, uma vez que eu tenho esta quantidade considerável.
- Mesmo assim, por algum motivo, parece-me que ele quer que eu também leve oxigénio. Será mais seguro fazer exactamente o que ele me pede.