Cubitt? - perguntou Holmes.
- Não mexemos em nada a não ser na senhora. Não a podíamos deixar ferida ali no chão.
- Há quanto tempo é que cá está, doutor?
- Desde as quatro da manhã.
- Está cá mais alguém?
- Sim, um polícia.
- Tocou em alguma coisa?
- Em nada.
- Agiu com grande discrição. Quem é que o mandou chamar?
- A criada, Saunders.
- Foi ela quem deu o alarme?
- Ela e a Srª King, a cozinheira.
- Onde é que elas estão agora?
- Creio que na cozinha.
- Então, acho que devemos ouvir a sua história imediatamente.
- O antigo hall, com paredes forradas a madeira e janelas altas, fora transformado em sala de averiguações. Holmes sentou-se numa grande cadeira antiga, e os seus inexoráveis olhos brilhavam no rosto perturbado. Vi no seu olhar o firme propósito de dedicar a sua vida àquela investigação até que o cliente que não conseguia salvar fosse, finalmente, vingado. O elegante inspector Martin, o velho médico de aldeia de cabelos brancos, eu próprio e um sólido polícia local constituíamos o resto daquele estranho grupo.
As duas mulheres contaram a sua história com bastante clareza. Tinham acordado com o barulho de uma explosão, seguida um minuto depois por uma segunda. Dormiam em quartos contíguos e a Srª King correra para o quarto de Saunders. Tinham ambas descido as escadas. A porta do escritório estava aberta e havia uma vela acesa sobre a mesa. O seu patrão estava deitado de bruços no centro da sala. Estava indubitavelmente morto. Junto da janela, estava agachada a sua mulher, com a cabeça encostada à parede. Estava terrivelmente ferida e um dos lados do rosto estava cheio de sangue. Respirava de uma forma ofegante, mas não conseguia dizer nada.