Folhas Caídas - Cap. 31: Capítulo V Pág. 56 / 80

Quem desse amor há-de amá-lo,

Se ninguém o conhecia?

Eu só. - E eu morto, eu descrido,

Eu tive o arrojo atrevido

De amar um anjo sem luz.

Cravei-a eu nessa cruz

Minha alma que renascia,

Que toda em sua alma pus.

E o meu ser se dividia,

Porque ele outra alma não tinha,

Outra alma senão a minha...

Tarde, ai! tarde o conheci,

Porque eu o meu ser perdi,

E ele à vida não volveu...

Mas da morte que eu morri

Também o infeliz morreu.





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