Afirmou-nos não duvidar de que o capitão, que era um dos cavalheiros mais generosos do mundo, se prontificaria a acomodar-nos o melhor que desejássemos e, para me tranquilizar, prometeu aproveitar a próxima maré para lhe ir falar no assunto. Na manhã seguinte, quando acordei de um sono um pouco mais longo que o habitual, vi o contramestre entre os outros tripulantes, ocupado nas suas tarefas habituais, e confesso que entristeci um pouco ao encontrá-lo ali. Encaminhei-me na sua direcção, para lhe falar, mas ele viu-me e veio ao meu encontro.
- Receio que se tenha esquecido de nós, senhor, pois vejo-o tão atarefado - murmurei, a sorrir, sem esperar que falasse primeiro.
- Venha comigo e verá - respondeu-me.
Conduziu-me à cabina grande, onde se encontrava um homem de aspecto afidalgado, a escrever e com muitos papéis espalhados na sua frente.
- Aqui está a senhora de que o capitão lhe falou - disse-lhe o contramestre, o qual se voltou para mim e acrescentou: - Estive tão longe de esquecer o seu caso que fui a casa do capitão, contei-lhe o que a senhora me disse acerca do seu desejo de melhores acomodações para si e para seu marido, e o capitão mandou este senhor, que é o imediato, acompanhar-me, a fim de lhe mostrar tudo e de os acomodar a contento.