- Ligo o projector de filmes, Sir? - sugeriu o negro atencioso. - Temos na máquina uma comédia muito boa de uma bobina ou, se preferir, posso pôr num instante um filme sério.
- Não, obrigado - respondeu John delicada mas firmemente. Estava a gostar demais do banho para querer qualquer distracção. Mas surgiu mesmo uma distracção. De repente, estava ouvindo o som de flautas vindo de fora, flautas que deixavam cair, como gotas, uma melodia semelhante a uma cascata, tão fresca e verde como o próprio aposento, acompanhando um flautim álacre numa execução mais delicada do que a renda de espuma que o cobria e encantava.
Depois de um duche tonificante de água salgada fria, para terminar, saiu da banheira e foi envolvido num roupão macio, e massajado com óleo, álcool e especiarias sobre um sofá coberto com o mesmo material. A seguir sentou-se numa cadeira voluptuosa enquanto lhe faziam a barba e lhe penteavam o cabelo.
- Mr. Percy está à sua espera, Sir, na sala de estar - disse o negro, depois de terminadas aquelas operações. - Chamo-me Gygsum, Mr. Unger, Sir. Virei cuidar de Mr. Unger todas as manhãs.
John saiu para o sol cintilante que banhava a sua sala de estar, onde encontrou o pequeno-almoço e Percy à sua espera; Percy esplendoroso nas suas calças de golfe em pele branca, fumando numa cadeira de repouso.