Soou a sineta para as orações da noite e ele saiu da sala de estudo, na forma, atrás dos outros, descendo as escadas e caminhando pelos corredores até à capela. Os corredores estavam mal iluminados e a capela também. Em breve, estaria no escuro e a dormir. O ar frio nocturno entrara na capela e os mármores tinham a cor que o mar tinha de noite. O mar estava frio de dia e de noite; mas era mais frio de noite. Era frio e escuro, por baixo do molhe, junto da "asa do pai. Mas a chaleira estaria ao lume, para fazer o ponche.
O prefeito da capela rezava por cima da sua cabeça e ele conhecia os responsos de cor:
Abri os nossos lábios, ó Senhor,
E as nossas bocas celebrarão a Vossa glória.
Vinde em nosso socorro, ó Deus!
Apressai-Vos a ajudar-nos, ó Senhor!
Havia um cheiro a noite fria, dentro da capela. Mas era um odor santo. Não era como o cheiro dos camponeses velhos que se ajoelhavam ao fundo da capela, na missa do domingo.