- Acho que as suas expressões são muito fortes, e espero que você se convença disso, vendo-os casados e felizes. Quanto a isto, basta. Mas você aludiu a outra coisa. Você mencionou dois exemplos. Sei o que está pensando. Mas lhe peço, querida Lizzy, que não me cause mágoa julgando que aquela pessoa é culpada. Nem dizendo que ela perdeu no seu conceito. Não devemos ser precipitadas e julgar que fomos intencionalmente feridas. Não podemos exigir que um rapaz despreocupado seja sempre prudente e circunspecto. Muitas vezes é apenas a nossa vaidade que nos engana. As mulheres superestimam facilmente a admiração dos homens.
- E os homens fazem tudo para mantê-las nessa ilusão.
- Se o fazem propositadamente, não pode haver justificativa. Mas creio que não há tanta má vontade no mundo quanto as pessoas acreditam.
- Estou longe de atribuir qualquer aspecto da conduta de Mr. Bingley a uma intenção perversa - disse Elizabeth; - mas, mesmo sem o propósito deliberado de errar, ou de tornar os outros infelizes, pode haver enganos e tristezas.