Elizabeth frequentemente reunia os seus esforços ao de Jane, numa tentativa de reprimir as imprudências de Katherine e de Lydia. Mas, fortalecidas pela indulgência da mãe, elas resistiam e não havia esperança de melhorarem. Katherine, espírito impressionável e fraco, completamente sob o domínio de Lydia, sempre levava a mal os conselhos das irmãs mais velhas, e Lydia, voluntariosa e descuidada, nem sequer lhes dava ouvidos. Ambas eram ignorantes, indolentes e vaidosas. Enquanto exis-tisse um oficial em Meryton, continuariam a namorar. E enquanto Meryton ficasse a uma milha de distância de Longbourn, viveriam em caminhadas para lá. Outra das suas maiores preocupações era o futuro de Jane. A explicação de Mr. Darcy, inocentando Bingley, realçava o valor daquilo que Jane tinha perdido e demonstrava a sinceridade da sua afeição. E sua conduta ficava livre de toda censura, a não ser, talvez, a de uma demasiada confiança em seu amigo. Como era triste, pois, pensar que Jane fora privada de uma situação tão desejável, tão cheia de vantagens e de promessas de felicidade, pela extravagância e loucura da sua própria família! Quando a essas recordações se acrescentava a decepção que sofrera com Wickham, era fácil acreditar que a coragem e o bom humor de Elizabeth, tão difícil de reprimir, estavam agora tão afetados que lhe era quase impossível manter com as outras pessoas o mesmo tom de antigamente.
Os convites para Rosings foram tão frequentes durante a última semana como durante a primeira. A última noite foi passada lá. E Lady Catherine tornou a se informar minuciosamente de todos os detalhes da viagem. Deu conselhos sobre a melhor maneira de fazer as malas e insistiu tanto na necessidade de empacotar direito os vestidos que de volta Maria se sentiu obrigada a desfazer todo o trabalho da manhã e fazer novamente a mala.