Orgulho e Preconceito - Cap. 40: Capítulo XL Pág. 245 / 414

de Bingley e de tal modo o preferia a qualquer outro homem, que precisava lançar mão de todo o seu bom senso e de toda a sua consideração pelos sentimentos alheios para dominar aquelas tristezas que poderiam se tornar prejudiciais para a sua própria saúde e para a tranquilidade dos seus amigos.

- Bem - disse Mrs. Bennet um dia para Elizabeth -, que é que você pensa agora desse insucesso de Jane? Quanto a mim, estou decidida a não falar mais nisto com ninguém. Foi o que disse à minha irmã Philips no outro dia. Mas não consigo saber se Jane se avistou com ele em Londres. Bem, ele é um rapaz muito pouco merecedor. E não creio que haja a menor probabilidade para Jane de reavê-lo. Nada se fala a respeito da sua volta a Netherfield no verão. Eu já indaguei de todas as pessoas que poderiam saber.

- Eu creio mesmo que ele nunca mais virá a Netherfield.

- Ah, bem, ele fará o que quiser. Ninguém deseja que ele volte. Mas eu continuaria a dizer que ele foi muito desleal para com a minha filha. E se eu fosse ela não teria suportado isto; mas o meu consolo é que Jane morrerá de desgosto. E ele então se arrependerá do que fez.

Mas, como Elizabeth não via nenhum consolo neste prognóstico, nada respondeu.

- Bem, Lizzy - continuou a mãe, pouco depois. - Os Collins vivem lá muito confortavelmente, não é? Bem, bem, só desejo que isto dure. E como é a mesa deles? Charlotte é uma excelente dona-de-casa. Se é tão econômica quanto a mãe, deve estar pondo dinheiro de lado. Não há extravagância nenhuma na casa dos pais dela.

- Não, nenhuma.

- A boa administração de uma casa depende principalmente disto. Sim, sim, aqueles não correm o risco de gastar mais do que têm. Nunca terão atrapalhações de dinheiro. Bem, que sejam felizes.





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