Orgulho e Preconceito - Cap. 43: Capítulo XLIII Pág. 274 / 414

Mr. Darcy então convidou-a a entrar. Mas Elizabeth declarou que não estava cansada.

Permaneceram de pé no gramado. Numa ocasião como aquela, muitas coisas podiam ser ditas e o silêncio era embaraçoso. Elizabeth queria conversar, mas parecia haver um obstáculo em quase todos os assuntos. Afinal se lembrou de que estivera viajando e eles falaram de Matlock e de Dove Dale com grande perseverança. No entanto, o tempo e a tia caminhavam lentamente. E a sua paciência e as suas ideias estavam completamente esgotadas antes do tête-à-tête terminar. Quando Mr. e Mrs. Gardiner se aproximaram, foram convidados a entrar, mas isto foi recusado e todos se separaram com a maior polidez. Mr. Darcy ajudou as senhoras a entrarem na carruagem e, quando esta se afastou, Elizabeth o viu caminhando lentamente em direção à casa.

As observações dos tios tiveram então início. Ambos declararam que o tinham achado infinitamente superior ao que esperavam.

- Ele é perfeitamente cortês e modesto - disse Mr. Gardiner.

- Existe certamente um pouco de dureza nas suas maneiras - replicou Mrs. Gardiner -, mas ela se limita à sua atitude e não lhe vai mal. Agora posso dizer, como Mrs. Reynolds, que, embora muitas pessoas o chamem de orgulhoso, não vi nada disto.

- O que me surpreendeu mais foram as suas maneiras para conosco. Eram mais do que polidas, eram realmente atenciosas. Suas relações com Elizabeth são muito recentes.

- Naturalmente, Lizzy - disse Mrs. Gardiner -, ele não é tão bonito quanto Wickham, embora os traços sejam perfeitamente regulares. Mas não entendo por que você nos disse que ele era tão desagradável.

Elizabeth se desculpou da melhor forma possível; disse que o achara mais simpático da última vez que estivera com ele no Kent, e que nunca o vira tão amável quanto naquela manhã.





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