- Acha que eles estão em Londres?
- Sim, em que outro lugar poderiam se esconder?
- E Lydia sempre desejou ir para Londres - acrescentou Kitty.
- Então ela deve estar contente - acrescentou o pai, secamente. - Provavelmente residirá lá muito tempo.
Em seguida depois de curto silêncio, continuou:
- Lizzy, não lhe guardo rancor pelo conselho que você me deu no mês de maio passado; considerando o que aconteceu, isto mostra a largueza da sua visão.
Foram interrompidos por Jane, que vinha buscar o chá da mãe.
- Isto é uma demonstração que conforta a gente - exclamou ele. - Dá um ar elegante ao infortúnio. Um dia desses farei o mesmo. Ficarei sentado na minha biblioteca, de camisola e touca de dormir, e darei aos outros o maior trabalho possível. Ou melhor, vou deixar isto para quando Kitty também se resolva a fugir.
- Eu não vou fugir, papá - disse Kitty, inquieta. - Se me deixassem ir a Brighton, eu me comportaria melhor do que Lydia.
- Você ir a Brighton? Não a deixarei ir nem a Eastborn aqui ao lado. Nem por cinquenta libras. Não, Kitty, pelo menos aprendi a ser prudente e você há de sentir os efeitos disso. Nenhum oficial tornará jamais a entrar na minha casa, nem que esteja só de passagem pela aldeia. Os bailes serão absolutamente proibidos a não ser que você fique o tempo todo com uma das suas irmãs. E nunca sairá por esta porta sem provar que passou dez minutos de maneira sensata.
Kitty, que levava todas aquelas ameaças a sério, começou a chorar.
- Deixe disso - falou ele -, não fique triste. Se for uma boa menina nesses próximos dez anos, levarei você para ver uma parada.