Poucos dias depois daquela visita, Mr. Bingley tornou a aparecer. E desta vez veio sozinho. Seu amigo tinha partido naquela manhã para Londres, ficando de voltar, porém, daí a dez dias. Mr. Bingley se demorou mais de uma hora. Estava de excelente humor. Mrs. Bennet o convidou para jantar. Ele respondeu que sentia imensamente, declarando que estava com-prometido.
- Da próxima vez que vier - disse Mrs. Bennet -, espero que tenhamos mais sorte.
Ele teria imenso prazer em vir em qualquer outra ocasião, etc. etc. E, se Mrs. Bennet lhe desse permissão, viria muito breve.
- Pode vir amanhã? - Sim.
Ele não tinha compromisso para o dia seguinte. E o convite foi aceito com entusiasmo.
Mr. Bingley veio - e tão pontualmente que as moças ainda não estavam vestidas, quando chegou. Mrs. Bennet correu para o quarto das meninas, enrolada num robe de chambre, o cabelo ainda por fazer, e exclamou:
- Jane, ande depressa! Corra lá para baixo! Ele chegou! Mr. Bingley chegou, chegou mesmo! Vá ligeiro, depressa! Sarah, venha ajudar Miss Bennet imediatamente a pôr o vestido. Deixe o cabelo de Miss Lizzy para depois.
- Nós desceremos assim que pudermos - disse Jane. - Mas, entre nós, Kitty é mais ligeira do que todas. Já desceu há meia hora.
- Oh, não se importe com Kitty, que tem ela a ver com isto? Vamos, vá ligeiro. Depressa! Onde está a sua echarpe?
Mas, depois que a mãe saiu, Jane se recusou a descer sem uma das irmãs.
Durante a visita Mrs. Bennet mostrou a mesma ansiedade que de costume para deixar Mr. Bingley e Jane a sós. Depois do chá, Mr. Bennet se retirou para a biblioteca, como sempre fazia. E Mary subiu para estudar piano. Dos cinco obstáculos, dois estavam suprimidos. Mrs. Bennet ficou olhando e piscando para Kitty e para Elizabeth durante um espaço de tempo considerável, sem que nenhuma das duas se impressionasse com isto.