Orgulho e Preconceito - Cap. 59: Capítulo LIX Pág. 401 / 414

Enquanto subia as escadas para ir se aprontar, Mrs. Bennet a acompanhou, dizendo:

- Sinto muito, Lizzy, que você tenha de fazer companhia àquele homem tão desagradável. Mas espero que você não faça caso. É para o bem de Jane, você sabe... E depois, não precisa conversar muito com ele. Só de vez em quando. Portanto, não se dê muito trabalho.

Durante o passeio ficou resolvido que o consentimento de Mr. Bennet seria solicitado naquela mesma noite. Elizabeth se encarregou de falar com a mãe. Não sabia como Mrs. Bennet receberia aquela comunicação. E às vezes ela duvidava de que toda a fortuna e importância de Darcy seriam suficientes para vencer a antipatia que a mãe tinha por ele. Mas quer Mrs. Bennet se declarasse violentamente contra o casamento, ou violentamente a favor, Elizabeth estava certa de que a sua atitude seria pouco conveniente e sensata. E Elizabeth não poderia tolerar que Mr. Darcy ouvisse as primeiras manifestações da sua alegria ou a primeira veemência da sua desaprovação.

À noite, pouco depois de Mr. Bennet se levantar da mesa e entrar na biblioteca, Elizabeth viu Mr. Darcy se levantar igualmente e acompanhá-lo. Naquele momento a sua agitação foi extrema. Ela não receava a oposição de seu pai. Mas tinha certeza de que isto ia desgostá-lo. E a ideia de que ela, a sua filha favorita, lhe causaria uma grande decepção com a sua escolha, enchendo-o de preocupação quanto ao seu futuro, fez com que ela ficasse angustiada e aflita até que Mr. Darcy tornou a aparecer. O sorriso que ele teve, ao vê-la, aliviou-a um pouco. Poucos minutos depois ele se aproximou da mesa onde Elizabeth estava sentada com Kitty e, fingindo admirar o trabalho que ela fazia, sussurrou ao seu ouvido:

- Vá à biblioteca. Seu pai quer falar com você.





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