Elizabeth partiu imediatamente.
Mr. Bennet caminhava de um lado para outro na biblioteca, e sua expressão era grave e ansiosa.
- Lizzy - disse ele -, que é que você está fazendo? Você está no seu juízo perfeito aceitando este homem? Você não o odiava?
Naquele momento Elizabeth desejou ardentemente que tivesse exprimido as suas opiniões mais moderadamente. Isto lhe teria poupado explicações embaraçosas. Mas agora era preciso falar. E Elizabeth assegurou ao pai, um tanto confusa, que tinha muita afeição por Mr. Darcy.
- Ou, em outras palavras, você está decidida a se casar com ele. Ele é rico, certamente, e você pode ter roupas e carruagens ainda mais belas do que as de Jane. Mas você será feliz?
- O senhor tem outra objeção a não ser a sua suposição de que eu lhe seja indiferente?
- Nenhuma. Todos sabemos que ele é um homem orgulhoso e desagradável. Mas isto não teria importância se você realmente o amasse.
- Eu o amo - replicou Elizabeth, com lágrimas nos olhos -, eu o amo sinceramente. Asseguro-lhe que ele não tem nenhum orgulho injustificado. É um homem muito bom. O senhor, na realidade, não o conhece. Portanto, não me magoe falando nestes termos a seu respeito.
- Lizzy - respondeu Mr. Bennet -, já dei o meu consentimento. Ele é realmente um desses homens a quem eu nunca recusaria alguma coisa que ele condescendesse em pedir. E agora torno a lhe dar o meu consentimento, se a isto está decidida. Mas aconselho-a a pensar melhor. Conheço o seu génio, Lizzy, penso que jamais você seria feliz e equilibrada a não ser que estime realmente o seu marido, a não ser que possa considerá-lo como o seu superior. Sua vivacidade e inteligência a colocariam numa situação de grande perigo num casamento desigual.