Orgulho e Preconceito - Cap. 17: Capítulo XVII Pág. 94 / 414

Wickham e de ler a confirmação de tudo o que sabia no rosto e nas maneiras de Mr. Darcy. A felicidade que Katherine e Lydia antecipavam não dependia de determinada pessoa ou acontecimento, pois embora, como Elizabeth, tencionassem dançar metade da noite com Mr. Wickham, este não era de nenhum modo o único par que as poderia satisfazer e para elas um baile era de qualquer maneira um grande acontecimento. E até Mary assegurou à família que não se desinteressava da festa.

- Contanto que eu possa ter as manhãs livres - disse ela -, é o que me basta. Não acho que seja um sacrifício dedicar ocasionalmente uma noite às diversões sociais. A sociedade tem certos direitos sobre nós. Sou da opinião daqueles que consideram certos intervalos de recreação e de divertimento desejáveis para todo o mundo.

Elizabeth se sentia de tão bom humor que, embora não dirigisse muitas vezes a palavra a Mr. Collins, exceto quando a isto era obrigada, não pôde deixar de perguntar se ele tencionava aceitar o convite de Mr. Bingley e se julgava apropriado tomar parte naquele divertimento mundano; com grande surpresa ficou sabendo que Mr. Collins não tinha o menor escrúpulo a esse respeito e que nem de longe temia uma repreensão do arcebispo ou de Lady Catherine de Bourgh por tomar parte num baile.

- Sou de opinião - disse ele - que um baile desta espécie, oferecido por um rapaz de carácter a pessoas respeitáveis, não pode ter nenhuma consequência má. Estou tão longe de fazer qualquer objeção à dança, que me sentirei honrado em dançar com todas as minhas belas primas durante aquela noite. E aproveito a oportunidade para solicitar a sua mão, Miss Elizabeth, para as duas primeiras danças, preferência que, espero, a minha prima Jane atribuirá à sua verdadeira causa e não a qualquer desrespeito para com a sua pessoa.





Os capítulos deste livro