Voltei à realidade e percorri com a vista a sala onde me tinham deixado: estava arranjada como a primeira, sendo embora um pouco mais elegante. Esfreguei os olhos várias vezes, mas a decoração era a mesma. Dei beliscões em mim próprio, julgando que ia despertar de um sonho e cheguei a uma conclusão definitiva: tudo aquilo só podia ser coisa de magia ou de nigromancia.
Mas não tive oportunidade de prosseguir com estas reflexões. O cavalo cinzento aproximou-se da porta e fez-me sinais para que entrasse no terceiro aposento: vi uma belíssima égua, acompanhada de um potro e uma potra, todos sentados sobre os quartos traseiros em esteiras de palha, habilmente confeccionadas e muito limpas e ordenadas.
Mal entrei, a égua ergueu-se da esteira e, aproximando-se, examinou cuidadosamente as minhas mãos e cara e lançou-me um olhar altamente depreciativo; virou-se de imediato para o cavalo e ouvi que ambos repetiam a palavra Yahoo com frequência.