- Sir James, sir! - disse o mordomo com expressão solene.
- Sir James morreu esta manhã!
- Deus do céu! - exclamou Holmes, atónito. - Como foi que morreu?
- Se quiser fazer o favor de entrar, sir... Está cá o irmão o coronel Valentine.
-Sim, é o melhor.
Fomos introduzidos numa sala discretamente iluminada onde, passado um momento, se nos juntou um homem de 50 anos alto, elegante, de barba curta, o irmão mais novo do falecido cientista. Os olhos inflamados, o rosto congestionado e o cabelo por pentear - tudo acusava o golpe súbito que se abatera sobre a família. O coronel mal podia exprimir-se.
- Foi este terrível escândalo - disse. - Meu irmão Sir James, era um homem muito rigoroso em questões de honra e não conseguiu sobreviver; o seu coração não aguentou. Tinha um grande orgulho na eficiência do seu departamento e este golpe destruiu-o.
- Esperávamos que nos desse algumas indicações capazes de ajudar a esclarecer o caso.
- Garanto-lhes que era um mistério para ele tanto como para o senhor e para todos nós. Aliás, já pusera à disposição da polícia tudo o que sabia. Claro que não tinha dúvidas sobre a culpabilidade de Cadogan West. Mas tudo o mais era inconcebível.
- O senhor não nos pode ajudar?
- Não sei nada, salvo o que li ou ouvi dizer. Não quero ser indelicado, mas compreenderá, Mr. Holmes, que estamos perturbadíssimos. Peço-lhe que abrevie esta conversa.
- Um acontecimento absolutamente inesperado - disse o meu amigo já no trem. - A morte teria sido natural? Sir James não se terá suicidado? Nesta última hipótese a razão estaria no remorso por negligência? Só mais tarde poderemos responder à pergunta.