A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 5: A AVENTURA DOS PLANOS BRUCE-PARTINGTON Pág. 105 / 210

- E levou a argola com ele para Londres?

- Foi o que ele disse.

- E o senhor nunca largou a sua chave?

- Nunca.

- Então West, se é ele o ladrão, tinha com certeza duplicados. Mas não se encontrou nenhum nos seus bolsos... Outra coisa: se um funcionário quisesse vender os planos, não teria sido mais simples copiá-los do que pegar no original, como aconteceu?

- Para copiar os planos correctamente são precisos apreciáveis conhecimentos técnicos.

- Mas Sir James, ou o senhor, ou West possuíam esses conhecimentos técnicos, não é verdade?

- Sem dúvida, mas agradeço-lhe que não tente envolver-me no caso, Mr. Holmes. Que adianta estarmos a especular, se os planos originais foram encontrados com West?

- Sabe, é que, na realidade, é estranho que ele tenha corrido o risco de roubar os originais, podendo copiá-los à vontade. As cópias serviam na mesma o seu propósito.

- De facto é estranho... mas foi assim.

- Cada passo que damos nesta investigação revela algo de inexplicável. Ora muito bem... Faltam ainda três papéis. Os mais importantes, suponho.

- É verdade.

- Em sua opinião, uma pessoa que disponha desses três papéis, mas não dos restantes sete, poderá construir um submarino Bruce-Partington?

- Informei o Almirantado dessa possibilidade, mas agora que tornei a examinar os desenhos já não estou tão seguro. As válvulas duplas com abertura de ajustamento automático estão desenhadas num dos papéis recuperados. Enquanto os estrangeiros não as conceberem, não poderão construir o barco: Claro que ultrapassarão rapidamente a dificuldade.

- Mas os três papéis que faltam são os mais importantes, não são?

-Sem dúvida.

- Se não se importa, gostaria de dar uma volta pelas instalações.





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