- Ah, foi isso...
- Foi isso. Mr. Hugo Oberstein, residente em Caulfield Gardens, 13, tornou-se o meu objectivo. Comecei a minha investigação na estação de Gloucester Road, onde um empregado muito amável me acompanhou ao longo do percurso e me permitiu confirmar que não só as janelas das traseiras de Caulfield Gardens abrem sobre os carris mas também (o que é muito mais Importante) que, devido à intersecção de uma linha de grande tráfego, os comboios param com frequência, durante minutos, no local.
- Esplêndido, Holmes! Você descobriu!
- Até aqui Watson até aqui. Avançámos, mas ainda estamos longe do fim. Bom, depois de ter examinado as traseiras de Caulfield Gardens examinei a frente e certifiquei-me de que o pássaro tinha realmente voado. É uma casa bastante grande, sem mobília, tanto quanto pude supor, nas divisões superiores. Oberstein vivia lá só com um criado, provavelmente um cúmplice de toda a confiança. Devemos ter presente que Oberstein partiu para o continente, a fim de dispor do seu troféu, mas sem qualquer ideia de fuga. De facto, não tinha qualquer motivo para recear um mandado, e decerto a ideia de uma visita domiciliária por um amador jamais lhe ocorreria. Porém é o que vamos fazer.
- Não poderíamos obter um mandado?
- Com as provas existentes, seria difícil.
- E que poderemos descobrir?
- Não sabemos.
- Não gosto nada disto, Holmes.
- Meu caro amigo, você vigiará a rua; eu encarrego-me da parte criminosa.