A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 5: A AVENTURA DOS PLANOS BRUCE-PARTINGTON Pág. 117 / 210

Sabemos que foi ao departamento na noite de nevoeiro de segunda-feira, mas que foi visto e seguido pelo jovem Cadogan West, o qual tinha provavelmente algum motivo para suspeitar de si. Ele viu-o roubar, mas não pôde dar o alarme, pois era possível que o senhor tivesse ido buscar os papéis para seu irmão, em Londres. Pensando apenas no cumprimento do dever, como bom cidadão que era, West seguiu-o de perto no nevoeiro até o senhor chegar a esta casa. Interveio então, e foi nessa altura, coronel Walter, que o senhor acrescentou ao crime de traição o mais terrível crime de homicídio.

- Não fui eu! Não fui eu! Juro perante Deus que não fui eu! - exclamou o nosso prisioneiro, destruído.

- Explique-nos então como foi que Cadogan West morreu antes de o senhor o colocar no tejadilho de uma carruagem do metropolitano.

- Explico tudo, juro! Fiz tudo o mais que disse. Confesso. Foi tudo como contou. Uma dívida da Bolsa para pagar. Precisava urgentemente de dinheiro, Oberstein ofereceu-me cinco mil. Eram para me salvar da ruína. Mas quanto ao crime estou tão inocente como o senhor.

- Que aconteceu, afinal?

- Ele desconfiou e seguiu-me, conforme o senhor disse. Só me apercebi ao chegar aqui. O nevoeiro era denso; a três metros de distância já não se via nada. Bati duas vezes e Oberstein veio abrir. O jovem irrompeu e exigiu saber o que íamos fazer com os papéis. Oberstein possuía uma bengala de ponta metálica, uma arma, que trazia sempre consigo. Quando West tentou entrar atrás de nós, Oberstein golpeou-o na cabeça. Um golpe fatal; o rapaz morreria em menos de cinco minutos. Ele caído no corredor e nós sem sabermos o que fazer, Então, Oberstein lembrou-se dos comboios que paravam sob a janela das traseiras.





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