A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 4: A AVENTURA DO CÍRCULO VERMELHO Pág. 76 / 210

Vamos, Watson, vamos ao outro lado ver o que conseguimos descobrir.

2

Ao descermos rapidamente Howe Street, olhei para trás para o edifício que abandonáramos. Vagamente recortada na janela de cima pude ver a sombra de uma cabeça, à espera, rígida, perscrutando a noite, ansiando sem respirar pelo reatamento da mensagem interrompida. À entrada do prédio de Howe Street encontrava-se um homem de capote, encostado ao corrimão. Ficou atónito quando a luz do átrio nos iluminou os rostos.

- Holmes! - exc1amou.

- Gregson! - disse o meu companheiro, apertando a mão do detective da Scotland Yard. - Os dias acabam com encontros de amantes. Que faz por aqui?

- O mesmo que o senhor, creio - respondeu Gregson. - Não sei é como foi que conseguiu descobrir.

- Fios diferentes levando ao mesmo novelo. Tomei nota dos sinais.

- Sinais?

- Sim, daqui de uma janela. Pararam abruptamente. Viemos ver porquê. Mas como o caso, está bem entregue, acho que não vale a pena continuar a investigação.

- Um momento! - exclamou Gregson, ansioso. - Manda a verdade dizer que sempre que o tenho a meu lado.me sinto mais forte. Este prédio só tem uma saída, portanto ele não nos escapará.

- Quem é ele?

- Bom, bom, por uma vez sabemos mais do que o senhor, Mr. Holmes! Chegou a altura de nos felicitar.

Bateu com força com a bengala e logo um cocheiro empunhando um chicote saltou de um trem estacionado do outro lado da rua.

- Posso apresentá-lo a Mr. Sherlock Holmes? - disse Gregson ao cocheiro. - Mr. Leverton, da agência americana Pinkerton.

- O herói do mistério da caverna de Long Island? - perguntou Holmes. - Tenho muito prazer em conhecê-lo, sir.

O americano, um jovem tranquilo com aspecto de homem de negócios, de cara rapada e seca, corou ao ouvir o elogio.





Os capítulos deste livro