- Archie, serias capaz de perdoar-me mesmo isto?
Ele fitou-a e sorriu.
- Afinal de contas, não passas de uma pequenita voluntariosa.
Ela estendeu as mãos para abraçá-lo, mas nesse instante bateram à porta e entrou a criada que caminhava em silêncio como tudo que se movia dentro do quarto do pesadelo. Apresentou um cartão de visita na bandeja. Lucille fitou Mason e disse:
- É o capitão Campbell. Não quero recebê-lo. Mason pôs-se de pé com um salto.
- Pelo contrário, pois chega mesmo a horas. Mande-o entrar imediatamente.
Poucos instantes depois entrava na sala um militar jovem, de elevada estatura e rosto bronzeado pelo sol. Avançou com um sorriso no rosto simpático; mas assim que a porta se fechou e os dois rostos que tinha diante de si recuperaram a expressão natural, deteve-se, indeciso, encarando primeiro um e depois o outro.
- Que se passa?
Mason acercou-se dele e agarrou-lhe os ombros, dizendo:
- Não te guardo rancor.
- Rancor?
- Estou a par de tudo. Talvez se me encontrasse no teu lugar e tu no meu, tivesse feito o mesmo que tu fizeste.
Campbell recuou um pouco e dirigiu um olhar interrogador à dama. Esta inclinou a cabeça em sinal de assentimento e depois encolheu os ombros encantadores. Mason sorriu.
- Não temas que pretenda arrancar-te por surpresa uma confissão. Ela e eu falámos com franqueza acerca do assunto. Vejamos, Jack, tu foste sempre um bom desportista. Olha para este frasco. Não te rales com o modo como chegou às minhas mãos. A situação ficará esclarecida assim que tu e eu bebermos o seu conteúdo.