O carro tinha trepado uma subida acentuada e sinuosa numa velocidade muito lenta. Na esquina, um cartaz espreitava no cimo de uma sebe bem aparada. Como Austin tinha dito, não era difícil de ler, pois as palavras eram poucas e chamavam a atenção:
AVISO
VISITAS, JORNALISTAS E MENDIGOS NÃO SÃO BEM-VINDOS
G. E. CHALLENGER
- Não, não se pode dizer que seja uma recepção calorosa - disse Austin, a abanar a cabeça e erguendo os olhos para o deplorável cartaz. - Não ficaria bem num postal de Natal.
Peço-lhe desculpa, senhor, pois não falo tanto como falei agora desde há um ano, mas hoje os meus sentimentos parecem ter falado mais alto. Ele pode despedir-me até o seu rosto ficar azul, mas eu não vou, e está decidido. Eu sou o criado dele e ele é o meu patrão, e assim será, espero, até ao lavar dos cestos.
Tínhamos passado entre os postes brancos de um portão e subimos uma alameda curva, com arbustos de rododendros.
Ao fundo via-se uma casa baixa, de tijolos, realçada com madeiras brancas, muito confortável e bonita. A Srª Challenger, uma figura pequena, elegante e sorridente, estava à porta para nos receber.