O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 11: A Aventura do Avançado Desaparecido Pág. 283 / 363

Isso passou-se exactamente às dez e meia, pelo relógio di hall de entrada.

- Deixe cá ver - disse Holmes, sentando-se na cama de Staunton. - O senhor é o porteiro de dia?

- Sim, senhor, saio de serviço às onze.

- O porteiro da noite não viu nada, creio?

- Não, senhor. Chegou um grupo vindo do teatro, já tarde. Mais ninguém.

- Ontem esteve durante todo o dia de serviço.

- Sim, senhor.

- Levou alguns recados ao Sr. Staunton?

- Sim senhor, um telegrama.

- Ah! Isso é interessante. A que horas foi isso.

- Por volta das seis.

- Onde é que estava o Sr. Staunton quando o recebeu?

- Aqui, no seu quarto.

- Estava presente quando ele o abriu.

- Sim, senhor. Esperei para ver se havia resposta.

- E houve?

-Sim, senhor, ele escreveu uma resposta ao telegrama.

- Foi o senhor que a levou?

- Não, ele próprio a levou.

- Mas escreveu-a na sua presença?

- Sim, senhor. Eu estava ao pé da porta e ele estava de costas para aquela mesa. Depois de escrever, disse: «Pronto, eu próprio levarei a resposta».

- Com que é que ele a escreveu?

- Com uma caneta, senhor.

- O impresso do telegrama era um destes que estão na mesa.

- Sim senhor, era o primeiro.

Holmes levantou-se. Pegando nos impressos, levou-os para Junto da janela e examinou cuidadosamente o que estava por cima.

- É pena que não tenha escrito com um lápis - disse, pondo os impressos de lado com um gesto impaciente. – Como, sem dúvida, já observou muitas vezes Watson, normalmente a impressão da escrita passa para o impresso de baixo... um facto que já desfez muitos casamentos felizes. No entanto, não encontro quaisquer marcas. Todavia, fico satisfeito por ele ter escrito com uma caneta de aparo largo e não duvido que encontraremos algumas impressões no mata-borrão.





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