A Harpa do Crente - Cap. 3: A ARRÁBIDA Pág. 51 / 117

Como um pai de seus filhos rodeado,

Pelos matos do outeiro o vão cercando

Os tugúrios de humildes eremitas,

Onde o cilício e a compunção apagam

Da lembrança de Deus passados erros

Do pecador, que reclinou a fronte

Penitente no pó. O sacerdote

Dos remorsos lhe ouviu as amarguras;

E perdoou-lhe, e consolou-o em nome

Do que expirando perdoava, o Justo,

Que entre os humanos não achou piedade.

XV

Religião! do mísero conforto,

Abrigo extremo de alma, que há mirrado

O longo agonizar de uma saudade,

Da desonra, do exílio, ou da injustiça,

Tu consolas aquele, que ouve o Verbo,

Que renovou o corrompido mundo,

E que mil povos pouco a pouco ouviram.

Nobre, plebeu, dominador, ou servo,

O rico, o pobre, o valoroso, o fraco,

Da desgraça no dia ajoelharam

No limiar do solitário templo.





Os capítulos deste livro